domingo, 9 de setembro de 2012

Livros recomendados

Muitas vezes, depois dos seminários, consultas e palestras as mulheres perguntam sobre livros ou materiais que possam ler para aprofundar seus estudos, para ajuda-las no seu feminino, ou para apoiar o seu trabalho como terapeutas.

Quase todo meu desenvolvimento e investigação do feminino vêm de uma transmissão oral e vivencial. Na antiguidade e ainda hoje nas tradições o conhecimento é dado de forma pessoal e direta. Os livros e tratados mais antigos se expressam como poesia que inspira e leva à compreensão sem conceitos, sem teoria. Por isso recomendar livros não é tarefa fácil.

Escolhi e compartilho aqui algumas leituras que podem inspirar.dar perspectivas mais amplas. Que não se transformem em uma prisão conceitual ou teórica!



"A Tenda Vermelha", de Anita Diamant

"... é uma verdadeira viagem ao mundo bíblico através de um ponto de vista diferente daquele que conhecemos: o feminino. As mulheres, naquela época, não tinham voz, mas Anita nos mostra, através de sua escrita suave e envolvente, que elas podiam não ter expressão, participação na vida pública ou direito à cidadania, mas exerceram um papel fundamental na vida dos homens representados na Bíblia.
A protagonista do livro é Dinah, filha de Jacó e Lia. Na Bíblia, as mulheres aparecem como personagens sem importância, citadas apenas como filhas, irmãs ou esposas. O nome de Dinah só aparece nos capítulos mais conhecidos sobre Jacó e seus doze filhos, no Livro do Gênese. Anita Diamant, então, resgata a força feminina para que vejamos a história por ângulos diferentes, tornando-nos quase íntimos dos personagens da Sagrada Escritura.
A Tenda Vermelha  foi ganhador do prêmio O Livro do Ano 2001 pela Associação dos Livreiros Independentes Americanos por sua narrativa apaixonada e original. Sua história traz uma visão aberta sobre o que poderia ter acontecido com as mulheres que viveram naquele tempo"


Mulheres Que Correm Com Os Lobos,  Clarissa Pinkola Estes

"Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações "psíquico-arqueológicas" nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher"

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